sábado, 9 de outubro de 2010

sofismas da paixão

Todo homem tem princípios clausulas pétreas de uma vida
não quis Deus que os meus fossem abalados e removidos
mas eis que o coincidir desta existência declinante
com a inércia da luta de poucos para vencer as mazelas
celebradas pelo coração
era mais do que eu merecia
e negando-me a divindade um momento de tamanha ventura
não me negou senão o que eu não devia ter tido a inconsciência de aspirar o amor

Direis que isto de me achar desassistido assim é pieguisse
e eu vos direi que embora o realismo dos adágios teime o contrário
tolerem-me o arrôjo de afrontar uma unica vez a sabedoria dos provérbios

não é certo, como corre o mundo, que "longe dos olhos longe do coração"
o gênio dos anexins aí, vai longe de andar certo
não o coração não é tão frívole , tão exterior, tão carnal quanto se cuida
metei a mão no seio e o sentireis com a tua segunda vista
não com a malícia humana de pressários e desvarios
mas com o único fio suficiente para desenrolar a máscara da consciência e retornas ao mundo real nú de buscas e de satisfação

longe muito longe do gozo
só quem assim sente e age é quem vê e sente pelo coração

o amor é uma flor em um jardim, não podem haver tempestades nem sofismas da paixão
e só a lágrima rega a flor e quando ela está pronta
o beija flor busca seu céu para espalhar seu pranto
além do jardim do amor

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