meus olhos sangram em um comando inexorável
ao deliciar a hipocrisia
meu corpo responde a essa chaga que aborta a dor
e que machuca mais que a perda
não tenho mais comando de mim e meu corpo padece inerte
esse gélido vômito de nostalgia e amores trôpegos
estou no limite e visualizo ao longe os demônios da minha semeadura
mas eis que quedo de joelhos
e imploro ao artífice do universo
não me abandones às margens de aqueronte
nem permitas que, mais uma vez,
trague no cálice da dor que redime o espírito errante
eis me aqui
fraco e pequeninino andante no tempo
eis me diante de ti
oh! semeador de ventos
tudo passa
não há homem que não saiba disso
o amor nos abandona de tempos em tempos
e nunca foi tão dificil decidir
o que sentir e o que não sentir
na eclipse da capacidade de sonhar
tudo passa
eis a necessidade de superar a transformação débil de uma decadência
e ver-se exposto à devastação da loucura
o colapso abrupto é a consequência de um dia a dia de uma árida dor
que afasta os projetos do futuro e arranca as raízes de uma vida
eis me aqui
diante de ti
Essa e tão profunda.....impossível a lágrima não implorar p cair.....poeta....
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