domingo, 17 de outubro de 2010

Fábulas do meu viver

eu vivi na serra e nasci em uma madrugada qualquer de um janeiro vermelho
cresci entre o sonho e a sombra da pobreza que se aninhava em meu quintal
amei tantas mulheres que nem sei se amei mais ou demais
ou se vivi antecipando sonhos de amor eterno
o meu mundo sempre foi a minha estrada e a minha liberdade
a minha solidão foi a fábula derradeira que transmitia a minha dor primeira
o meu erro transmudou-se no meu verso e na minha canção

hodiernamente não sei mais se sonho e mesmo assim tenho anseios e fantasias
e não poderia dizer que vivo por viver e que a lembrança mata meu coração agreste
mas saudade não é desejo de voltar é desejo de caminhar para tornar o viver melhor
saudade ensina que a felicidade é o desejo de encontrar

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