sexta-feira, 24 de março de 2023

SEM COMPROMISSO

 Sem compromisso


Anseio pelo teu toque

Meu seio desnudo 

Meu medo 

Meu tudo


Tua

Sou tua flauta

Tua falta 

Teu espaço

Teu instante de partir


Sou tua cria

Teu seio desnudo

Tua menina vadia


Amante descalça

Sem fantasia

Tua pia e vômito


Tua dor 

Tua flor 

Teu juízo


Anseio pelo instante 

De gostar

No escuro 

As marcas 

Deixadas pelos carinhos

Teus


Anseio pelo beijo

Pela lingua que flutua

Sem compromisso


Tua 

Sou tua calma

Tua falta 

Tua mante descalça

Perdida 

Nessa escravidão 

De mim

Sem par

MOLHANDO O CÉU

 Molhando o céu da boca


Queria ver-te mais uma vez 

Na retina da minha tela nua


Queria mergulhar no infinito do teu desejo

Ser teu espelho

E poder tocar-te pelo reflexo 


Ser teu plexo e solidão das tuas mãos 

Quando caminha levemente 

Em teus mistérios 


Queria ser o dono do teu abandono

Ser tua noite 

Quando suave respiras sem controle


Queria derramar teus espasmos

Em mim

E assim eternizar nosso segredo


Ai que saudades do teu choro

E do aperto dengoso

Que descia pelo tapete 

E escorria pelas bordas do vestido

Da minha cara nua

Molhando o céu 

E O QUE ME É DE DIREITO?

 E o que me é de direito?


Plausível esse meu medo estrutural

Só mais um nesta multidão de erros

Em uma tolerância redefinida por mim


Mas vai passar

O amor tarda 

Mas vai chegar


mentiras pontuais

Intelectualmente debilitantes

Mas exigem respeito


E o que me é de direito?


A livre expressão 

Dos que discordam?


Ou meus anos de amador?


Mentiras libertárias

Risos de anel do grande amor


Embriagar a dor

Nas noites sem fim

Capricho de menina


E o que me é de direito?


A cama que desarrumei?


Ou o perfume da pequena flor?

Quando fui amante e rei


Mas vai passar

Quando eu não estiver mais aqui


Mentiras pontuais

Rivais das fêmeas 

Sem lar

Que andam errantes

Pelos  estranhos rebanhos 


De noite busco 

Em minha cama

Aquela a quem ama

A minha alma 


E nos tremores noturnos

esqueço

As mentiras libertárias

Risos de anel do grande amor




quinta-feira, 9 de março de 2023

MINUDENCIANDO UM POEMA ( NATALINA )

Imagino uma respiração serena, tranquila......... mesmo que seja impensável para as mentes que estejam entre o céu e a terra

Ora sucinta......ora extensa respiração.....

O dia é interminável e o tempo se resume a um momento

Olho para o horizonte e me deparo com infinito

Sinto medo de ficar sozinho....esquecido

Nesse momento mergulho num sonho trágico

Nem a ciência conseguiria explicar, alcançar , a altitude dos meus pensamentos

Que me deixa atordoado, solitário.....

Indevassável do infinito

Não, é apenas um lábio que pede e permite

Que eu mergulhe, nas entranhas do seu corpo

Através da boca, por meio de um beijo

Posso sentir o batimento do seu coração

Que explode os mais normais

Desatinos entre a cobiça e a alienação

Não sei o que dizer, se desejo que seja eterno...ou que seja apenas esse momento

Talvez um dia

O único dia que vivi...aquilo que devia viver sempre

Não me importo se foi apenas um momento

Mas sim, que vivi...que teve um começo

Diminui a proteção dos que não podem escolher

Com medo da fraqueza

Não se trata de sonho

Pois, sinto o sangue pulsando no meu corpo

Não me julguem, não me condenem

Sei que essa forma é defeituosa, imperfeita de amar....... de ser amante

Este sentimento ...ora me alegra .......ora me provoca dor

Delirei na ilusão daquela pequena respiração

Daquele choro sufocado, daquele cheiro de amor

Que resvalava pelas minhas mãos

Que deslizava dos lábios.....até o peito nu

A única coisa que vejo, hoje.....é uma porta, somente uma porta.....que aguarda a sua volta

sábado, 4 de março de 2023

OXENTE DANOSSE

 NADA MAIS

APENAS O GRITO NA NOITE 

A CHUVA NUM VAI E VEM

A MÃO QUE ROÇA 

O OHAR QUE ESCONDE A TROÇA

A MATUTA TÃO DISPIDA

O MEDO 

A NAMORADA

E MAIS UMA VOLTA

QUADRILHA NA ROÇA

E A MÃO NA ROSA

NA PORTA DA MENINA

O BEIJO NO ESCURO 

NA ESQUINA 40

NO PRETO DO OURO

NO TEMPO

E O QUE ME É DE DIREITO?

 E o que me é de direito?


Plausível esse meu medo estrutural

Só mais um nesta multidão de erros

Em uma tolerância redefinida por mim


Mas vai passar

O amor tarda 

Mas vai chegar


mentiras pontuais

Intelectualmente debilitantes

Mas exigem respeito


E o que me é de direito?


A livre expressão 

Dos que discordam?


Ou meus anos de amador?


Mentiras libertárias

Risos de anel do grande amor


Embriagar a dor

Nas noites sem fim

Capricho de menina


E o que me é de direito?


A cama que desarrumei?


Ou o perfume da pequena flor?

Quando fui amante e rei


Mas vai passar

Quando eu não estiver mais aqui


Mentiras pontuais

Rivais das fêmeas 

Sem lar

Que andam errantes

Pelos  estranhos rebanhos 


De noite busco 

Em minha cama

Aquela a quem ama

A minha alma 


E nos tremores noturnos

esqueço

As mentiras libertárias

Risos de anel do grande amor



SEM COMPROMISSO

 Sem compromisso


Anseio pelo teu toque

Meu seio desnudo 

Meu medo 

Meu tudo


Tua

Sou tua flauta

Tua falta 

Teu espaço

Teu instante de partir


Sou tua cria

Teu seio desnudo

Tua menina vadia


Amante descalça

Sem fantasia

Tua pia e vômito


Tua dor 

Tua flor 

Teu juízo


Anseio pelo instante 

De gostar

No escuro 

As marcas 

Deixadas pelos carinhos

Teus


Anseio pelo beijo

Pela lingua que flutua

Sem compromisso


Tua 

Sou tua calma

Tua falta 

Tua mante descalça

Perdida 

Nessa escravidão 

De mim

Sem par