sábado, 9 de outubro de 2010

Crítica ao casamento - O amor leigo

 

casamento, perigosa herança, esta que nos é transmitida,
uma espécie de erro que tem a seu favor o fato de ser leal ao amor

essa herança não é uma aquisição, um bem, é antes um conjunto de falhas
e que instala a insanidade em nome de uma amor pleno

e além disto no amor leigo não existem verdades e sim uma síntese vazia
de acontecimentos perdidos numa continua dispersão do esquecimento

as conclusões apressadas em um conjunto de falhas que ameaçam os inocentes
embalam a culpa e entorpecem os amantes, que por ignorância real, fundam suas convicções,
quase se imaginam terem chegado a dissimar a complexidade factual
através das lentes da paixão.

Como podem dominar as confusões do descaso, lá onde o amor pretende inventar um fim
e a amizade a desenhar um começo

eis porque sem dúvidas o casamento não é mais desejável.
O homem por escuro a sua visão do amor
torna instável a frágil esperança do amor pleno e planta a desilusão por inumeráveis inexatidões lógicas e dispersão de sentimentos

a mulher que por convicção, mais ainda, que sabe, autoriza a dispersão do amor por desamor e fala de sonhos e partidas

a questão do casamento não é mais um desafio de um sonho inimaginável,
onde o amor por inquieto deveria repousar, não mais,
e sim trata-se de uma disputa de insignificancias ,
dos efeitos da dor e da recusa, embalados por concepções puramente esquecidas

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