Não há dor que não se acabe
se transformando em pranto
não há canto que derrame estrelas
quando o encanto desaba
e da janela se espera um novo encontro
não há espanto no desencanto
do vazio que a íris petrifica regando
não há prazer neste deslavo
do escapo deixado na sala vazia
não
não me fale em reencontros
em fadas e gnomos
apenas deixa-me aqui
sozinho a contemplar a saudade
do futuro do abraço apertado
chorando