Vida breve.
Eu tenho medo, insustentável
e sem cor já perdi a fé
estou utilizando todas as minhas forças
para vencer a batalha que já existia em mim
antes de nascer a minha carne tosca e flutuante
é quando intragável distúrbio cresce em minhas entranhas
perco peso como nmunca
perco a vida por entre os dedos
manchas vermelhas se afundam
da minha alma
estou mais fraco e choro quase sempre
eu sei o que cresce dentro de mim
mas tenho medo
bastar-me-a viver um pouco mais
sem que fique tão evidente esse agoiro
essa dor de ser rejeitado
e me dirão convardemente
- Mas vós o quisestes
e tenho que calar a grata violência de vos ouvir falar
a minha voz de guerreiro já cala
na vaidade da minha ambição
e na impotência do meu nada
perdão à queles que me amam
eu fui tolo
e carrego só esta cruz
será Ele benevolente?
A minha dor não é menor que a vossa
É o meu corpo que definha
Desconfiai dos rótulos que mentem
Sofismas da maldade
Eu tenho esperanças
Existirá a cura
Mas existe um motivo maior que a vida
E se eu tiver que abreviar este romance
Que seja com pouca dor
Eu não suporto a dor
E o meu erro foi andar sempre em frente
Sem me perguntar
Onde, onde chegar
Nuas, frias almas , todas promessas vis
E eu cético
Morri
Cante uma canção
É assim que devem lembrar de mim
Vê meu sorriso métrico
Sarcastico, poético
"Você nem imagina e o que eu daria por teu amor"
estou cantando imito danço e canto tango
sou Cazuza
cantem!
Vivam!
Mas nunca, nunca chorem
Vida...vida...me leva...me leva...leve...leve...leve...leve.
Idílio inspirado por Cazuza.
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