quinta-feira, 12 de agosto de 2010

vida breve

Vida breve.

 

Eu tenho medo, insustentável

e sem cor já perdi a fé

estou utilizando todas as minhas forças

para vencer a batalha que já existia em mim

antes de nascer a minha carne tosca e flutuante

é quando intragável distúrbio cresce em minhas entranhas

perco peso como nmunca

perco a vida por entre os dedos

manchas vermelhas se afundam

da minha alma

estou mais fraco e choro quase sempre

eu sei o que cresce dentro de mim

mas tenho medo

bastar-me-a viver um pouco mais

sem que fique tão evidente esse agoiro

essa dor de ser rejeitado

e me dirão convardemente

- Mas vós o quisestes

e tenho que calar a grata violência de vos ouvir falar

a minha voz de guerreiro já cala

na vaidade da minha ambição

e na impotência do meu nada

perdão à queles que me amam

eu fui tolo

e carrego só esta cruz

será Ele benevolente?

A minha dor não é menor que a vossa

É o meu corpo que definha

Desconfiai dos rótulos que mentem

Sofismas da maldade

Eu tenho esperanças

Existirá a cura

Mas existe um motivo maior que a vida

E se eu tiver que abreviar este romance

Que seja com pouca dor

Eu não suporto a dor

E o meu erro foi andar sempre em frente

Sem me perguntar

Onde, onde chegar

Nuas, frias almas , todas promessas vis

E eu cético

Morri

Cante uma canção

É assim que devem lembrar de mim

Vê meu sorriso métrico

Sarcastico, poético

"Você nem imagina e o que eu daria por teu amor"

 estou cantando imito danço e canto tango

sou Cazuza

cantem!

Vivam!

Mas nunca, nunca chorem

Vida...vida...me leva...me leva...leve...leve...leve...leve.

 

Idílio inspirado por Cazuza.

 

 

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