domingo, 15 de agosto de 2010

pedreiro livre

Tantos anos passados

Quanta luz, quanto fado

Ah! Vida

Como repetes os contornos dos reencontros

Levando  as almas  a se reverem

 

Sou condor, sou céu

O pedreiro livre

Minha alma não soluça

E não geme

Os raios da vida

Há vinte e oito anos

Rasgaram como um látego

O mal que chora e treme

 

Ouso dizer-te que a vida é encanto

Acreditas que sonhar também infama

E mergulhar nos olhos assim

Não é sonhar

Oh! Alma insana

 

É vida, não é drama

Quem não ficou órfão um dia

Do afeto que o consumiu?

Não! Não penses nessa vida

Como fosse tortura

Ou se fosse loucura

 

Não penses nessa vida em pecado

em rastros

Não penses com aflição

Como fora ilusão

 

Saibas que este amor

Esta vida

É uma gota de luz

não nos cega

e sim restaura

a nossa íris em trevas

 

 23.01.1993

Nenhum comentário:

Postar um comentário