sexta-feira, 20 de agosto de 2010

felicidade

Quando se poderia entender um mundo sem dores

Sem despedidas , sem amanhã, entenderia que sozinho não poderias sentir felicidade

Entenderias  que sozinho o mundo é vácuo,

Mas entenderias um mundo sem partidas?

Compreenderias seguir um depois

A minha alma anseia por dias melhores, mas não compreende a necessidade insofismável da dor

Da lágrima que se verte em despedidas

Poderias fascinar o amanhã sem dores, mas compreenderias a lágrima sozinha

E se permitirias viver por viver?

O meu amor é triste, a minha alegria vendaval, enquanto houver quem pulse e externe no coração um grito de desespero, enquanto  uma alma lacrimeje a dor da tempestade

A minha solidão é vendaval, e caminha ao longo  dos passos da humanidade perdida

Como poderias  te dizer que fui tristeza ou alegria

Como poderia sorrir ao mirar tua Iris em prantos

E o teu grito abafado pela tua desdita

Comove a minha entranha

Entorpece meu amanhã

Preferias tu que gritasse teu nome e clementes endereçastes a mim tua esperança

E eu apenas lamento teu desespero

E diria

Que dor trago a corroer minha alegria e juventude?

Imagine o mundo distante da despedida

E na volta o esquecimento, sem nomes , sem passado

Apenas a lembrança do que fui perdida entre vidas

O meu querer é pouco

O teu lamento escravidão

Viver dia a dia sem se lambusar em lágrimas

Viver dia a dia sem misturar teus passos

Não permitas tu alma impura

Que o passado direcione teu amanhã

Te pergunto tresloucado amigo

Porque viver do que fui?

Misturar dores embeber prantos

Olvidas vidas , segue em frente na felicidade permitida

Volver sua marcha é perder a visão do amanhã

Efêmero perdido amigo

Sem sentido a solidão do momento, sem motivos os prazeres perecíveis

Desenlace  e marche

Meu nome?

Leonardo

Idilio em 30 de abril de 2010

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