O dia se eterniza na noite
No ocaso
não se sabe onde é dia
Se há noite
Um dia, só um dia nada mais
Uma penumbra encobre o olho que vê
Uma parte que vive e o dia que não se está nascendo
E a noite que não sabe que está morrendo
Sabe-se apenas que é parte e que chega e que parte
Que meu peito cante e que eu possa ser feliz
Que essa dor que trago a derramar a minha alegria
Seja a lira que entoa o meu canto
E que meu canto seja a espada que fere a toga
E que a toga espante a dor e que a dor morra de desprezo e apatia
Fria como a íris que nada vê
Apenas sente
E sente que às vezes mente
Que nasce quando morre
E que é desprezo quando sinfonia de vida bela.
idilio
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