segunda-feira, 1 de novembro de 2010

o guardado de sonhos

O guardador de sonhos

 

 

Eu nunca guardei sonhos

Mas é como se os guardasse.

Minha alma é como um poeta.

Conheço o amor e a dor

Que anda pela mão das aventuras

Ou desventuras

Sigo a olhar toda a gente

Que teima em sentar ao meu lado

Quando a mim me basta  ver o pôr do sol

Mas a minha tristeza é sossego

Porque é natural e justa

Não tenho ambições nem desejos

Porque se os tivesse

Em vez de serem ambições ou desejos

Seriam medos de se imaginar querendo

Pois todo querer é triste

Pois se espalha por toda a encosta

E corre um silêncio quando não

Se pode abrir a porta

Quando se ama o querer

E amar é a eterna inocência

Dos sonhos

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