segunda-feira, 11 de julho de 2011

se amunser

Se amunser


Me encontrava em uma escuridão molhada, sabia estava ali com um fim, buscar uma criança.

Caminhava entrementes mas não perdido, ao chegar em uma pequena aldeia, nada visualizei, apenas casas mal formadas, ruas descalças, e um ser deformado começou a me seguir. Eu sabia que ele empreitava e atacaria com fúria em algum momento, então me armei com algo que visualizei na estrada e investi contra aquele ser das sombras que caiu e foi esmagado por mim, no entanto , outro ser já estava a espreita com forma de animal feroz investiu e fugi, chegando a volitar

Consegui resgatar a criança que se encontrava inerte, quase sem vida, imantada por uma energia que me fez tremer.

Sabia que necessitava encontrar um mago para salvar a criança, cheguei em uma outra aldeia.

A aldeia era fria, casas da idade média, sem luxos, sem saneamento básico, mas ali morava o velho mago.

Cheguei à sua casa com a criança no colo, aquela criança me era muito querida, estava preocupado com a sua saúde e seu estado deplorável.

Implorei aquela velha senhora, que me levasse ao mago, mas ela me dizia que naquela aldeia não existia um mago, mas se......

Pensou ela em voz alta, e chamou por alguém.

Na porta da casa apareceu um senhor, nu, velho, com inchaços pelas juntas do corpo, de uma brancura doente, mas observei que a sua nudez era natural e ele quase não tinha genitália.

Entrou, me cumprimentou.

Doutor...

Fiquei surpreso, como ele me conhecia???

Olhou para a criança e disse que iria tirar a magia que colocaram nele.

Sentou em um canto, pegou uma toalha, ou um pano, e começou a esfregar a mesma olhando para a criança que jazia em um canto, se amunser, se amunser, se amunser, repetia incenssantemente.

De repente a criança ficou de quatro, ora ria, ora rosnava, olhando para mim e para o velho.

O velho tinha seus cabelos brancos todo arrepiados e em direção à criança, que de repente pulou em cima do velho mago que caiu no chão, e a criança, como um animal faminto começou a lamber o rosto do velho, que repetia incenssantemente

Se amunser, se amunser, se amunser, se amunser

A criança pulou em cima de mim e rapidamente colocou algo em cima do meu coração, e todo o meu corpo tomou de um arrepio.

Se amunser o velho repetiu lentamente, a criança desfaleceu, acordei ainda com os pelos do corpo ristes e uma palavra martelava a minha mente

Se amunser

Se amunser

Nenhum comentário:

Postar um comentário