sexta-feira, 7 de outubro de 2011

o guardador de sonhos

Eu nunca guardei sonhos
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um poeta.
Conheço o amor e a dor
Que anda pela mão das aventuras
Ou desventuras
Sigo a olhar toda a gente
Que teima em sentar ao meu lado
Quando a mim me basta ver o pôr do sol
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
Não tenho ambições nem desejos
Porque se os tivesse
Em vez de serem ambições ou desejos
Seriam medos de se imaginar querendo
Pois todo querer é triste
Pois se espalha por toda a encosta
E corre um silêncio quando não
Se pode abrir a porta
Quando se ama o querer
E amar é a eterna inocência
Dos sonhos


Idílio 23.092007.

Nenhum comentário:

Postar um comentário