passei a minha vida na lentidão que dignifica a alma
rasguei verbos em ocasiões derradeiras
e era um ponto em direção à luz
depois disso fui mágoa corroída
e provocado sem odiar a ninguém
voltei da brutalidade e às vezes vagamente mortificado
hoje, sentado à porta de mim
e à beira do meu mundo
comtemplo a minha vida em paz
busquei destruir abusos e mudar costumes
unir mesmo pelo esquecimento
entender o anonimato do amor
e fazer do meu mundo
a casa da paz
sustentei a marcha e resisti, às vezes
à desapiedade a ao descaminho
os olhos mareiam e peço aos meus
o silêncio da paz
e que busquem perdoar a mim
espírito cansado
navegante esquecido
nada do que fui permeou maldades dos sonhos perdidos
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