terça-feira, 6 de setembro de 2011

Zara

Estou esperando
sentado na mesma estação
a tarde não vem
a morte não vem
e de repente
outro tempo
outro relógio
outro amor
e a mesma história
a mesma droga de tempo
a mesma dor no tempo
a mesma louca que derrama
a fumaça da lua
a mesma rixa
eu e ela
a flor da primavera
o novo aeon
o mesmo tom
e outro som
outra menina
outra droga de rima
a mesma namorada
o mesmo sofá
e o outro lado da lua
a mesma mulher nua
e o meu violão mudo
a minha voz suada
o meu rosto morto
a minha alma vazia
no infinito do mundo
que não cria
e não vinha jamais

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