quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O grito dos pobres

Cativa estaria minha’lma

E seria vã cada lágrima vertida

Pelas alegrias que embalei

Quando desavisado

Olhei pelo espectro doente

De minhas enfermidades e vícios



A harmonia que hoje visualizo

É meu fundamento gritante

E prosto meu semblante mudo

Diante de Ti

Mesmo quando calcifico a minha dor

Temo pela ventura de ser

E te amar



Ainda assim clamo a ti

Redentor divino

Dá-me as tuas mãos neste vale de lágrimas

Eis que sou fraco e pequenino

Para tragar no cálice da dor

Que redime o meu ser errante



Sei Tu me olhastes nos olhos

E como gritante enfermo

Em hora derradeira

Redimo a minha’lma

Diante de ti



Cativo estaria meu corpo

E seria oblíquo meu anverso

Quando redimido

O meu nome

Duvidasse de Ti



Meu grito ecoa por sobre montes e vales

E nada espero além

Nada desejo

Se não

O prazer de sentir-me

dependente por TI



Idilio

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