terça-feira, 6 de setembro de 2011

Malebouche

sou

um anjo azul no infinito

no universo sem sentido

a eterna solidão

ignora o meu ser



tenho alguns quilos incertos

e uma vida dedicada a vencer

um amanhã promissor

e uma dor constante fora de mim



um anjo caído passou

e depositou em meu corpo

solenemente em reptos veemente

dos excessos e da destruição



e ainda assim

nunca se desdenhou

em toda a minha vida

aos meus olhos entregues

a anarquia da ambição

na fraqueza

na vulgaridade

e na inconsciência

viajar a malebolge

sem guia



Idilio em 1996

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