domingo, 2 de janeiro de 2011

Núbia

a flor núbia
amantes de outra lua
e fecho a porta da alma
nada a dizer-te
e volto a tua calçada
e uma mágoa entoa o canto da vida
sem lágrimas para carpir  tua desdita
não vislumbro na ciranda
tua dança
mas ouso trucidar a hidra de lerna
e vencer o tempo
permanecer no mesmo céu
e não mais sentir o quanto é triste e funério
o agonizar do dia
nas tardes entre o ocaso e as trevas
o nosso sonho é fênix
alada vida
Deus não nos pune e sim abona o nosso descaminho
e entre reencontros fortuitos mantém infido o nosso idílio
como dois destinos em direção ao infinito
nunca juntos
nunca separados
sabeis que o encanto é tão efêmero nobre dama
que entre nove ou quinze
duas almas amantes
dois corpos continuam vivos
com espíritos ausentes
duas estrelas que distantes se confundem em um eterno ósculo
e uma imagem candida em um sorriso juvenil
de quem traz de longe um beijo eternizado nas estrelas
em uma flor de lácio estremamente bela

idilio araujo

Nenhum comentário:

Postar um comentário