Molhando o céu da boca
Queria ver-te mais uma vez
Na retina da minha tela nua
Queria mergulhar no infinito do teu desejo
Ser teu espelho
E poder tocar-te pelo reflexo
Ser teu plexo e solidão das tuas mãos
Quando caminha levemente
Em teus mistérios
Queria ser o dono do teu abandono
Ser tua noite
Quando suave respiras sem controle
Queria derramar teus espasmos
Em mim
E assim eternizar nosso segredo
Ai que saudades do teu choro
E do aperto dengoso
Que descia pelo tapete
E escorria pelas bordas do vestido
Da minha cara nua
Molhando o céu
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