segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Caruaru

O que dirias
das ruas que pisei
estradas e marcas
e aí morei

meus beijos e lágrimas
nostálgicas calçadas e praças
e a casa que vivi

janelas passadas
por onde andei
e em tuas entranhas
depositei filhos e lágrimas

amei amei
tuas largas esquinas
e namorei teus sinos
tua espera e herança

por fim
fica sempre por saber
não te insinuas em mim
pois não posso mais
celebrar a fragmentação
das tuas diferenças

Caruaru
o meu apelo foi
aprender com tu
a necessidade de reinventar
a minha história
e condensei
o teu nome em mim

e hoje
imune à obsessão de desconstruir
oculto a tua relação desigual
de ser meu ontem
e meu fim



idilio

Um comentário:

  1. Não conjugue o verbo no "passado"...no presente e no futuro...eles soam mais leve....sempre....

    Anjo.

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