terça-feira, 22 de maio de 2012

anjo




que lençóis brancos você deita?
as águas correram turbulentas
porque não viestes mais cedo?
e porque me arrastas com o teu poder
para os campos de Boaz?
também não trago no coração
as esperanças da rega
o  rumorejar do vento taduz meu pranto
mas não há desolação
não vês que tenho as mãos vazias?
em que furna da minha alma teriam sumido
os mistérios da lagoa da nossa alegria e juventude?
vê! anjo
neste instante de submissão ao fascinio dos teus lábios
o nosso passado renasce das minhas cinzas
quando voas entre as minhas lágrimas de saudade
quando penetras meu quarto e deitas ao meu lado
quando a flor tatuada em tua alma
umidesse teu corpo mortal
e clamas enttrementes por mim
meu anjo azul

idilio

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