quinta-feira, 4 de agosto de 2011

a luz dos olhos teus

tantos anos já passados e vividos por nós dois
nos perdemos nas esquinas de ruas frias
e em nossas voltas não nos encontramos mais
entregamos nossas almas a outras almas perdidas
e em nossos corpos depositamos amores virulentos
caminhamos entrementes perdidos
e de casa em casa
de janeiro a janeiro
mascaramos nossa face e entorpecemos a voz
nossos sonhos se perderam em pesadelos estreitos
e já não nos conhecemos mais
a vida passa a ser essa imensa janela que me separa de ti
mas ainda assim
teus olhos de alma verde
continuam os mesmos
quem dera a alma continuasse verde
da cor dos olhos
 
Idílio

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