sábado, 26 de março de 2011

a câmara escura do sofrimento

 

na câmara escura do sofrimento

entre paredes sem fundo e teto sem estrelas

confrontado por mim e pelos meus fatasmas

lá encontrei dentro dos olhos

a luz que semeia a possibilidade da volta

o sim imaginado mas nunca querido



e quando o quarto sem portas

estremecia meu medo

e quando já secara as lágrimas

e a minha dor tornara-se látego

e era o único templo em mim



entendi que era preciso voltar

pela porta da frente

e quebrantado chorei

e na lágrima amenizei a dor

da revolta

e renasci como possibilidade

de amar e entender

a câmara escura do sofrimento

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