Andei em mundos disformes
Dismundos solenes e retóricos
Andei por veredas antigas
Estradas e vales
Subi montes e serras
Cansei na estrada
Perdi o norte de mim
E andei a colher sementes e frutos
Da semeadura livre
Entortei meu canto
Isolei meu espanto
Perdi vidas e pranteei meus versos
Chorei sem plateia
Engoli a dor do descaso e do esquecimento
hoje
deito na rede da solidão
vago feito alma aflita
e
Perdida
Amei tão intensamente
que planifiquei a minha espera
e calcifiquei a minha saudade
no ralo que escorre desejos
Estou só no platonismo que inventei
Mas por descanso
Durmo tranquilo
Idílio
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