segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Eikhah

Como está ocaso o  mundo
antes esplendor da luz fusca
repleta de lírios e fadas
tornou-se vassalo entre províncias
mescladas de descaso
e sepulturas

Chora
no exílio minhálma
em fuga da opressão
sem portões e sem descanso
incapaz de encontrar arrimo
nem riso dos faustos
que em tempos antigos
honravam o que hoje desprezam
pois carregam impurezas em suas saias

todo  o corpo geme
e da íris vertem lágrimas de solidão
e o coração
arcaboiço da doçura
convulsiona-se dentro do peito nu
e meus gemidos são mudos

tu chamaste e meus terrores
jazem espalhados em cada esquina
como língua que se levantam
sem princípios seguem
e suas peles enrugam-se sobre a pele
mas caminham vestindo púrpura

os mortos espalham justiça
com suas mãos compassivas
esmagam o próprio peito
como se tivessem sido perfurados
pela espada de Naim
ungidos sob a proteção da Nação

Nós suportamos o peso da culpa
somos governados por escravos
e cauterizamos a nossa fome por justiça
e a alegria desaparece
como a juventude escapa em féretro
das mãos impuras  dos insanos


inútil
inútil


idílio


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