Como está ocaso o mundo
antes esplendor da luz fusca
repleta de lírios e fadas
tornou-se vassalo entre províncias
mescladas de descaso
e sepulturas
Chora
no exílio minhálma
em fuga da opressão
sem portões e sem descanso
incapaz de encontrar arrimo
nem riso dos faustos
que em tempos antigos
honravam o que hoje desprezam
pois carregam impurezas em suas saias
todo o corpo geme
e da íris vertem lágrimas de solidão
e o coração
arcaboiço da doçura
convulsiona-se dentro do peito nu
e meus gemidos são mudos
tu chamaste e meus terrores
jazem espalhados em cada esquina
como língua que se levantam
sem princípios seguem
e suas peles enrugam-se sobre a pele
mas caminham vestindo púrpura
os mortos espalham justiça
com suas mãos compassivas
esmagam o próprio peito
como se tivessem sido perfurados
pela espada de Naim
ungidos sob a proteção da Nação
Nós suportamos o peso da culpa
somos governados por escravos
e cauterizamos a nossa fome por justiça
e a alegria desaparece
como a juventude escapa em féretro
das mãos impuras dos insanos
inútil
inútil
idílio
Nenhum comentário:
Postar um comentário