Quero poetizar minha sina
quiçá eternizar a menina
de olhos mágicos
minha namorada agreste
poetizar o espaço
e misturar tintas
nas paredes das ruas da espera
viajar nos mares cinzas da capital
e deixar a luza fusca
derramar nódoas nostálgicas
do Café Nice
não ser alegre nem triste
poetizar e desenhar linhas imaginárias
do infinito
desejar
nem a partida nem a chegada
e desprezar os corvos
e os abutres dos sonhos
que encontrar
suzabear o cruzeiro
não ser alegre nem triste
apenas
poetizar o estreito do ororubá
Nenhum comentário:
Postar um comentário