Coração
Entrementes perdido dentro de mim
Pulsa em solilóquio
E neste mistério que é o meu peito
Único
contrai o desejo
Distrai os medos
E um dia
Já cansado
hás de parar por reflexo
Comprimes e enganas o movimento
E nessa dança frenética
Expulgas a fera do desencanto
E por vezes
Por espanto
Materializas o medo
De parar em qualquer pranto
Coração
Na tua independência solitária
Não imaginas que se tu paras
Paro eu na minha desdita
Se paras por protesto
Amargurarás a decomposição do ato insano
E eu voarei pra outro plano
E tu dissiparas
Como por eterno desencanto
Deixarás de ser
E eu serei encanto
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