domingo, 14 de dezembro de 2014

Casa Forte

Caminhando na tua praça
parei na tua porta
mergulhei na tua escada
no teu passado

saudade é dor que não se mede
páginas que não se repetem
e então
cadê você?

caminhando na tua praça
voltei ao teu colo
de menina flor
das vozes ôcas
do nosso amor

das promessas
do beletrismo
e do cinismo da descrença
dos incaultos

de loucas trocas
de liras e patricias
da lágrima da incompetência
do beijo da espera

caminhando na tua praça
me perdi no meio do nada
no espaço de toda uma vida
que não construi
e nada
só o vazio dessa estrada
são tantas histórias
que levam ao nada
são tantas mágoas
que o homem busca
e no fim
só resta a praça
nem nome nem nada
só o vazio atras da porta
e a casa vazia

a tua casa alí
na mesma esquina
a igreja
e eu que vejo a tua espera
e a minha chegada
eu que lave a alma
ao te imaginar
perdida
na praça.

idilio



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